
O MINISTÉRIO DE JESUS SE AMPLIA
João 6,7
Texto Áureo: João 6.67-69 “Disse então Jesus aos doze: “Vós não quereis ir-vos embora, não?” Respondeu-lhe Simão Pedro: “Senhor, para junto de quem nós iremos embora? Tens palavras de vida eterna, e nós cremos e reconhecemos que és o santo de Deus”. Respondeu-lhes Jesus: “Não escolhi a vós doze? E, no entanto, um de vós é um diabo”. Referia-se a Judas Iscariotes. Pois este iria traí-lo, sendo um dos doze.
Introdução
A vinda do messias e a sua mensagem de salvação eram previstas nas escrituras sagradas, mas no tempo em que Jesus se apresentou, encontrou todo tipo de resistência. A mensagem de Jesus Cristo incomoda, pois exige mudança de vida. O caminho a ser trilhado é o caminho da salvação, que leva à vida eterna e não aos confortos e à “segurança terrena”.
A MULTIPLICAÇÃO DE PÃES E PEIXES (Jo 6.1-15)
Jesus e os apóstolos eram seguidos, já há três dias (Mt 15.32-39), por uma multidão de mais de cinco mil homens (não contadas as mulheres e as crianças). Jesus compadeceu-se deles, pois
sabia que não estavam alimentados. Filipe lembrou que precisariam de pelo menos 200 denários, mas mesmo assim não havia locais próximos onde pudessem adquirir os alimentos. André trouxe um rapaz, mais previdente, que para consumo próprio tinha cinco pães e dois peixes. Jesus pediu que a multidão fosse organizada e iniciou a multiplicação desses alimentos. Um milagre
vivido por uma multidão, que associado à mensagem que Jesus havia apresentado era inquestionável. O povo reconheceu que Ele era o messias que viria ao mundo (Jo 6.14; Dt 18.15) – Na época Moisés disse ao povo: “A ele ouvireis”). As sobras foram suficientes para encherem doze cestos de pães, possivelmente uma mensagem às doze tribos do povo de Israel. Jesus percebendo que queriam transformá-lo em “Rei dos Judeus”, teve que se retirar.
JESUS ANDANDO SOBRE AS ÁGUAS (Jo 6.19-21)
Os discípulos no final da tarde entraram no barco e foram de Tagbha (local tradicionalmente aceito como o da ocorrência do milagre) para Cafarnaum (local onde Pedro e a família viviam e Jesus tinha casa). Durante essa viagem, quando já haviam navegado aproximadamente 5 km (Jo 6.19), o mar ficou encapelado, era no entardecer e eles temeram, apesar de experientes. Nesse momento, para aumentar a apreensão, viram uma figura andando sobre as águas (Mc 6.49), mas Jesus confirmando que era Ele, lhes acalmou. Mesmo com todas as experiências e milagres que já haviam presenciado e vivido não esperavam que Jesus pudesse lhes aparecer e ajudar. “A fé é uma disposição mental que espera que espera que Deus entre em ação. Quando agimos nesta expectativa podemos superar os nossos temores” (Bíblia de Aplicação Pessoal).
O DISCURSO DE JESUS SOBRE O PÃO DA VIDA (Jo 6.22-58)
No dia seguinte as pessoas que viveram o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, perceberam que Jesus não estava ali, assim como os seus discípulos. Foram então a sua procura e o encontraram em Cafarnaum. Começaram a lhe questionar materialmente. “Como teria ido até a Cafarnaum”? Jesus os confrontou, pois não estavam com dúvidas espirituais, mas com vontade de receber mais alimentos. Perguntaram então sobre como deveriam proceder e Jesus lhes disse que bastava crer que Ele era o enviado de Deus. Queriam saber após tantos milagres já
realizados, quais sinais, Jesus poderia operar para que tivessem a convicção que ele era o enviado de Deus. Acreditavam que o maná que seus pais receberam diariamente por meio de
Moisés, era o pão do céu, mas esse servia para acalentar a fome carnal e diária de cada um. Jesus disse que verdadeiramente o maná não era o pão do céu, pois o pão do céu dá vida ao mundo. Quiseram então que Deus lhes desse o verdadeiro pão do céu. Jesus lhes disse que ele era o verdadeiro pão da vida. Quem dele comesse jamais teria fome e quem dele bebesse jamais teria sede (Jo 7.38 “…água viva…”). Seguindo a vontade do Pai, Jesus veio ao mundo para que todo aquele que nele vê o Filho e crê Nele tenha a vida eterna; e por meio de Jesus seja ressuscitado no último dia. (Jo 6.40). Mesmo com sinais tão extraordinários, os judeus continuavam a murmurar e a espreitar a Jesus para o levarem à morte. Todos os seus questionamentos eram apenas para o matar.
Entendiam no sentido literal o que era figurado. Os esclarecimentos foram dados aos judeus dentro da sinagoga de Cafarnaum, mas eles só utilizavam os esclarecimentos contra Jesus. Para
ouvir a palavra de Deus é preciso estarmos receptivos e estarmos sintonizados no bem. Se formos do mal e se assim estivermos sintonizados não poderemos entender a mensagem da salvação.
É possível estar dentro de uma Casa de Oração ou outro local de culto ao Senhor, mas se não houver sintonia e abertura à mensagem salvadora do enviado de Deus, não haverá a recepção e a aceitação da verdadeira mensagem.
O ABANDONO DE MUITOS (Jo 6.60-71)
Não só os judeus estavam em dúvida, mas também muito dos seus discípulos e não só os diretamente escolhidos por Jesus. A mensagem de Jesus é espírito e vida, mas mesmo assim muitos não criam, como até hoje não creem. Quando Jesus os questionou se queriam sair em retirada, Pedro lhe respondeu: para onde e para quem iríamos? Pedro e os outros discípulos sabiam que Ele tinha as palavras da vida eterna, e eles tinham visto e crido que Ele era o Cristo, o filho do Deus vivo. Jesus, entretanto, observou que entre eles havia um que era um diabo. Jesus sabia que Judas era um descrente e que seria o traidor.
OS IRMÃOS DE JESUS NÃO ACREDITAM NELE (Jo 7.1-9)
Os irmãos de Jesus queriam desfrutar um pouco da fama do irmão e tentavam lhe indicar os seus próximos passos. Entendiam que deveria apresentar os seus sinais na Judeia, pois na Galileia teria a mesma representatividade. Os seus próprios irmãos não criam nele. Falou para eles irem ao Templo em Jerusalém, pois naquele momento ele não iria. Foi depois em secreto e no meio da Festa ensinava no templo. Maravilhou ao povo que o ouviu.
A INCREDULIDADE DOS LÍDERES (Jo 7.25-52)
Aproveitando a sua estada no Templo, os fariseus e os principais dos sacerdotes mandaram que seus servidores o prendessem. Aconteceu que os próprios servidores não só beberam da água viva, como também perderam a autoridade que lhes fora dada, ao verem como o povo estava maravilhado com Jesus. Quando foram novamente à frente dos fariseus e dos principais dos sacerdotes, testemunharam que não fora preso porque até então nenhum homem falara como ele. Nicodemos arrazoou que nenhum homem poderia ser julgado sem ser ouvido, mas sofreu questionamento dos outros. Afinal, nenhum profeta surgira da Galileia.
CONCLUSÃO
Se formos mantidos pelo pão da vida e bebermos da água viva, a nossa vida será realmente a dos verdadeiros discípulos.
Bibliografia
Comentário bíblico africano/ Editor Tokunboh Adeyemo – São Paulo: Mundo Cristão.2010.
Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal/ Versão Almeida Revista e Corrigida. CPAD